Foi no alvorecer do século XXI que os Juízes Federais do Rio Grande do Sul decidiram fundar uma Associação. Reunidos no prédio sede da Justiça Federal de Porto Alegre, em 08 de dezembro de 2001, assentaram a forma e a finalidade que a entidade teria. Nascia “assim”, a Associação dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul-AJUFERGS. Passados vinte anos da sua fundação, a AJUFERGS esteve presente na evolução e na transformação da Justiça Federal, mantendo de forma inexorável a sua principal finalidade: a defesa do exercício da Magistratura de forma livre e independente, como quer a nossa Constituição Federal.

Graças à excelência do nosso quadro de Juízes, tivemos a felicidade de ter no comando da associação colegas que se revelaram grandes líderes e administradores, construindo uma entidade associativa sólida e respeitada. Todos os Presidentes, junto com o Conselho Executivo, Diretoria e Conselho Fiscal, não mediram esforços para construir esta associação, sua Escola da Magistratura e atender todas as demandas apresentadas por magistrados que sofreram algum tipo de ataque no seu mister jurisdicional. Foram colegas que, ao lado do exercício jurisdicional, abriram mão de horas de lazer ou de convício familiar para lutar pelos interesses dos Juízes Federais.

Nesses vinte anos o mundo mudou numa velocidade surpreendente. Presenciamos o nascimento da revolução tecnológica dentro da Justiça Federal da Quarta Região, com a criação do processo eletrônico (e-proc), transformando todo e qualquer procedimento jurisdicional ou administrativo num expediente virtual. Com isso, os ganhos de economia e tempo foram inegáveis e são sentidos até hoje. De lá para cá, a Justiça Federal gaúcha se expandiu, cresceu em números de Juízes e de servidores. O interior do Estado foi devidamente atendido pela Justiça Federal, havendo subseções cada vez mais próximas do Cidadão. Tivemos crescimento também nas demandas judiciais, novos procedimentos, formas novas de soluções de conflitos, Varas especializadas, regionalização e, até mesmo, uma não esperada pandemia que pôs à prova o regular funcionamento do nosso Sistema Judiciário Federal, que, graças ao e-proc, obteve aumento de produtividade na atividade jurisdicional. Em todos esses acontecimentos, a AJUFERGS esteve presente auxiliando a administração do Poder Judiciário em levar ao jurisdicionado gaúcho uma prestação de serviço público célere e regular.

A AJUFERGS nesse tempo todo de existência também não se esqueceu do lado afetivo dos associados, promovendo a integração dos juízes com a realização de encontros, jantares, confraternizações de final de ano, saraus, e até mesmo shows. Além da rigorosa técnica jurídica que nossos juízes associados apresentam no seu di a dia forense, muitos possuem uma veia artística, para a literatura, a música, a culinária e as demais artes. Diante de tantos talentos, a AJUFERGS sempre buscou dar espaço ao associado, para que ele pudesse exercer todo tipo de manifestação artística. Além disso também nunca deixou de preservar a memória da associação e da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, lançando livros e efetuando registros dos depoimentos dos Juízes que ajudaram a fundar a Justiça Federal no nosso país, antes e depois da Lei Fundamental de 1988.

Por isso que, com todos estes serviços prestados nestes vinte anos, a AJUFERGS é uma associação respeitada em todo o Brasil. Aonde quer que seu nome seja invocado, a imagem da seriedade, do trabalho e da defesa incansável dos Direitos dos Juízes vêm à mente de todos. E o respeito à associação significa o respeito ao Juiz Federal do Rio Grande do Sul. A solidez da nossa instituição associativa representa a solidez da prestação jurisdicional de seus associados. A nossa associação forte implica a força do trabalho do Juiz Federal. Em suma, a AJUFERGS é cada vez mais necessária e imprescindível para a manutenção das garantias dos Juízes. Ou, como estampado em faixa desenrolada na frente do Fórum Federal de Porto Alegre pelos associados em protesto pela defesa da magistratura:

“Sem Juízes independentes, não há sociedade nem instituições livres.”

Ao futuro, com a AJUFERGS!

Voz: Diogo de Oliveira Rangrab
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