FATO JURÍDICO

Fiquei sabendo, esses dias, de um achado literário, quase poético por assim dizer, nas dependências do prédio da Justiça Federal de Porto Alegre. Um amigo – advogado de OAB n. XYZ/PR – veio me mostrar uma frase que ele havia lido no banheiro do aludido edifício público da União. Para tanto, retirou do bolso um aparelho celular, pois havia fotografado o escrito que estava estampado na porta de uma das cabines, na parte de dentro.

A oração fotografada era a seguinte:

No futuro, se alguém se interessar pelos primórdios do processo eletrônico, certamente descobrirá que foi coisa de um jurista supersônico, cansado de litigar apenas por sinais de fumaça do bom Direito.”

Achei desinteressante!

BREAKING NEWS (OU PAREM AS ROTATIVAS)

O escritor Ernest Hemingway não escreve mais. Depois de disparar um tiro na boca com um fuzil de caça no dia 2 de julho de 1961 (saiu igualzinho ao pai Clarence que fez a mesma coisa), o Nobel de Literatura do ano de 1954 não escreveu mais. Porém, vem aí um “livro novo” dele que foi escrito em 1956 e nunca publicado. Chama-se A Room in the Garden Side e vai sair na revista literária Strand Magazine.

Boa leitura.

MÚSICA DA SEMANA

Estamos caminhando para os quarenta e oito anos da morte da cantora Janis Joplin (04/10/1970), e ainda é possível encontrar manchetes sobre eventuais detalhes de sua morte. Impressionante.
Só falta, agora, o testemunho do roqueiro brasileiro Serguei (hoje com 84 anos bem vividos) que teve, segundo reza a lenda, um caso rápido com a cantora norte-americana. Informações sobre o caso.
Mas vamos ao que interessa: Pearl é um álbum de Janis Joplin e foi lançado em janeiro de 1971, três meses após a morte da cantora:

Aliás, o grande momento de tristeza deste monumental álbum é a faixa Buried Alive in the Blues, já que gravado sem vocal, pois ela morreu antes de aportar a sua bela voz na canção. Como Janis já havia aprovado o instrumental feito pela banda Full Tilt Boogie Band, foi decidido colocar a música no disco assim mesmo, como uma forma de tributo.
Registro que nos dois primeiros álbuns dela, a banda  que acompanhava Janis Joplin, era a Big Brother and the Holding Company. O segundo disco da cantora se chamava Cheap Thrills (eu tinha em LP) e a capa era uma obra-prima de Robert Crumb.
Esta, a música da semana:

Bom som!

NO TEMPO DAS LOCADORAS

São incontáveis os filmes sobre judeus caçadores de nazistas (Nazi hunter). Um interessante representante do gênero é “Meninos do Brasil” de 1978 com Laurence Olivier e o grande Gregory Peck no papel do médico Joseph Mengele (baseado no romance de mesmo título do escritor Ira Levin, mesmo autor de “O Bebê de Rosemary”). No filme, este vive no Paraguai e planeja o nascimento do 4º Reich. Para obter tal objetivo, faz 94 clones de Hitler quando ele era um garoto. Claro que um judeu (Ezra Lieberman vivido por Laurence Olivier) descobre a trama e tenta impedir que tal plano se concretize. Outra lembrança de filme do tipo é “Aqui é o meu Lugar” de 2011 com Sean Penn e com uma participação especial de David Byrne:

Coisa fina. Atualmente, é possível encontrar na NETFLIX mais dois filmes desta espécie, como o magnífico “Memórias Secretas” de 2015 com o estupendo Christopher Plummer (o eterno capitão Von Trapp do filme “Noviça Rebelde”), hoje com 88 anos e o clássico do diretor Orson Welles de 1946, “O Estranho”, com o próprio Welles no papel de nazista fugitivo e disfarçado que vive nos Estados Unidos. Para comparar e ver como Orson Welles engordou em 12 anos, também no NETFLIX está do mesmo diretor (que era amigo do Oswaldo Aranha). “A marca da maldade” com o astro Charlton Heston. Depois, falando em Gregory Peck, também na NETFLIX é obrigatório o documentário “A Conversation with Gregory Peck” de 1999, onde ele revela que o melhor papel que ele teve na vida, foi o de Atticus Finch no filme, que ainda está no NETFLIX, “O Sol É Para Todos” de 1963, baseado no livro homônimo de Harper Lee.

Boa maratona de grandes filmes!

CITANDO E RECITANDO

De hora em hora, o ser humano piora.
(Carlos Heitor Cony)

Lâmpadas que se apagam, esperanças que se acendem: Aurora. Lâmpadas que se acendem, esperanças que se apagam: Noite.
(poeta persa Omar Khayyam, 1048-1131)

– Os caretas que me perdoem, mas desbunde é fundamental.
– O judiciário brasileiro é mais doido que solo do Jimi Hendrix.
– O meu tesão vive em um eterno habeas corpus: jamais será preso.
– Sonhei que no tribunal da caretice o juiz bateu o martelo me condenando por excesso de desbunde. Pintou um clima entre mim e o martelo. Fugimos dali, sem grilos, sem culpas”
(frases do mitológico roqueiro brasileiro Serguei no Twitter)

O passado nunca está morto. Nem sequer passou.”
(William Faulkner, prêmio Nobel de Literatura de 1949)

Os pessimistas às vezes nos dizem que nesta era de televisão e vídeos as pessoas perderam o hábito de ler e que os estudantes, em particular, tendem a carecer da paciência para encontrar prazer na leitura de um livro de capa a capa, qualquer que seja ele. Como todo escritor, só me resta torcer para que os pessimistas estejam errados.
(Prefácio à 15ª edição de 1989 do clássico livro “A História da Arte”, de E.H. Gombrich)

This isn’t the real Mexico. You know that. All border towns bring out the worst in a country. I can just imagine your mother’s face if she could see our honeymoon hotel.
(Mike Vargas, o personagem de Charlton Heston no filme de Orson Welles, “A Marca da maldade” de 1958)

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