Pesquisadores do Ceará desenvolveram técnicas e procedimentos que permitem a utilização da pele de tilápia (isso mesmo, do peixe já tão conhecido à mesa) no cuidado e recuperação de pessoas queimadas, com excelentes resultados e de modo menos penoso ao paciente.
Enquanto os métodos usuais de proteção dos ferimentos no largo período de regeneração da pele humana, que pode durar meses, demandam trocas diárias de curativos, o que, entre outras problemáticas, impõe sessões diárias de sofrimento ao paciente, o método baseado na utilização da pele de tilápia permite que a troca seja feita a cada cinco dias, usualmente.
Isso traz, entre outros ganhos, uma condição de tratamento bastante menos penosa às pessoas atendidas. O que não é pouca coisa.
O método demandou fossem resolvidas questões bastante complexas como, por exemplo, a esterilização dos, digamos, restos de peixe, para que a pele de tilápia pudesse ser aplicada nas áreas queimadas sem que houvesse contaminações. O que, também, não é pouca coisa.
Isto é parte do que tive a oportunidade de saber lendo matéria intitulada “Segunda Pele”, créditos de Giulia Vidale e Marina Felix, publicada na revista Veja, edição 2535, de 21 de junho de 2017.
É sempre bom saber que as pessoas podem estar sendo melhor amparadas, que as dores e sofrimentos podem estar sendo mitigados.
E é também sempre bom, e importante, lembrar o quanto temos no Brasil pessoas de todas as áreas, aqui o exemplo vem da área médica, que com extrema criatividade, competência e superação, vencem todas as dificuldades que se interpõem no caminho das boas causas, produzindo resultados de significado extremamente dignificante e enobrecedor.
E nestes tempos de aparente desilusão pública, é importante ter-se tais bons exemplos a inspirar nossas metas e animar nossa perseverança na construção de dias melhores.
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JOAO PAULO ACAUAN
Parabéns pelo bom começo!